Não Deu Certo

27/12/2012 02:21

Não deu certo

“Tudo bem! Eu não ligo mesmo. Está tudo acabado entre nós!”

  Às vezes você pensa que tudo vai dar certo, no meu caso desde que eu tinha começado aquele namoro ridículo, eu já sabia que não duraria muito tempo.

  São apenas dois fatores que comprovam que o garoto não vale o que defeca (caga!) e que o relacionamento não vai dar certo. Sabe quais são?

  1. Vamos sair FORA, pelo amor de Deus, de garotos galinhas. Esse tipinho só quer te beijar ou adicioná-la na lista de “garotas que peguei na semana”. Então, fuja deles!
  2. Garotos que mal te conhecem, do nada diz que te ama e quer ficar com você. CUIDADO!! Isso daí é truque. Sabe do que eu estou falando? De garotos que olham para você na balada, mas não tipo, olhar nos olhos, eles olham o corpo todo para te excitar! Não se deixe levar por olhares sedutores, eles só estão conferindo se seu peito e sua bunda se qualificam nos tipinhos que ele pega por noite.

  Mas calma né gente, meu caso foi bem mais leve. Meu primeiro namorado galinha, idiota e muuuito gato, foi apenas com 12 anos. E sim, nessa época os idiotas já pensam se a menina é “gostosa” ou não. Ainda tenho dúvidas se os garotos pensam desde que nascem se as mulheres são gostosas ou não.

  Bom, tudo começou quando ele olhou para mim e do nada eu era a “metade da laranja” dele (item 2). Aí eu nem sabia quem ele era, apesar de muito gato, eu nem reparava nele porque ele era de outra classe. 

  Até aí tudo normal. Mas sim minha amiga, além de gato, quando ele queria, conseguia ser fofo pra cacete. Mandava-me mensagens todas as noites com um: “Boa noite Mor, Te amo” ou com um “Pensa naquele assunto mor, te amo!”.

   Já sabe qual era o assunto né? Se eu ia ou não ficar com ele. Ok, depois de muita insistência da parte dele, decidi ceder. Estávamos no primeiro no do meu novo colégio. Ele seria meu primeiro ficante lá, até me animei com a ideia, mas a insegurança daquele carinha galinha foi comigo desde do começo até o fim do relacionamento.

  Acho que esqueci do GRANDE detalhe de toda essa confusão amorosa, o Caíque (nome inventado por mim, em homenagem ao Caíque Nogueria, meu colírio mais lindo)  já tinha namorada quando “apaixonou-se” por mim, e sim, hoje eu odeio ela, mas por outros motivos. Nome? Nunca me atreverei a citar o nome de ninguém nessa mini novelinha das seis que eu vivi.

  Enfim, até topar em terminar com a Valentina (acabei de inventar um nome extremamente diferente do dela), ele topou para ficar comigo. Awn, muito fofo, muito gato, muito perfeito e  muito estranho esse conto de fadas acontecer com a Cinderela aqui né? Pois é, também desconfiei, é o que a minha Avó diz: “Quando a esmola é grande, o santo desconfia!”.

  Aceitei-o! ‘Primeiro dia de um namoro muito estranho’. Confesso que naquele dia nem nos cumprimentamos, ele apenas me esperava na frente da minha classe. Saiamos juntos, mas com muitas pessoas em volta. Nunca tínhamos um ‘tempo’ só nosso sabe?

  Até que no fim da primeira semana de namoro ele resolveu que queria me beijar. Ai nem gosto de lembrar! Do nada subiu uma insegurança desconhecida dentro de mim, eu fiquei tipo, Uou! O que eu vou fazer agora?

  Dei uns foras básicos, com desculpas que queria privacidade. Ok, ele me levou para uma classe vazia, porque já tinha batido o sinal para a saída. Quando eu percebi que não tinha jeito, o beijo ia ter que sair, fingi que meu celular estava vibrando, e “atendi” o celular (que por sinal, nem tocando estava). Falei “Oi mãe! Tudo bom? Ah, putz, já chegou? Que saco, tô descendo!”

   Tudo bem, aquela era uma deliciosa sexta-feira, eu ia curtir muito e fim. Não pensar mais no idiota! Olha que ótimo! Bem, não foi assim...

  Fim de semana acabou e eu decidi que tinha que falar com ele! Se eu soubesse que no meu facebook estavam acontecendo as coisas mais doidas do mundo, talvez teria ligado o pc!

   Chegou a ridícula segunda-feira, e eu com aquela cara de sono, havia por alguns segundos me esquecido do Caíque!

  Entrei na minha classe e vi meu melhor amigo, que por sinal era amigo do Caíque, e na verdade nosso cupido!

  “E aí Gi? Tudo em cima?” Meu amigo veio falar comigo de um jeito estranho, senti que estava escondendo algo, com certeza! Respondi que sim, e fui sentar na minha carteira.

  Depois de três aulas, chegou o intervalo. Meu amigo veio falar comigo.

“Ah, Gi?”

“Eu! O que aconteceu Lipe?”

“Ahn, é o Caíque! Ele tá espalhando pra todo mundo que quer terminar com você, porque não acontece nada entre vocês.” Minha cabeça rodou, e eu queria sair da biblioteca e dar um soco no Caíque! Que raiva que me deu, QUE BOSTA!

  Como aquele menino que falava que daria a vida por mim pode ter feito aquilo? Tudo bem que eu não fui lá uma ficante, fui uma fugitiva, só fugia dele. Mas mesmo assim, ele provou que não espera meu tempo, e no fim só queria me beijar!

  Na hora da saída, vi ele parado rodeado de gente conversando com ele no pátio.  Desci a escada correndo, gritei o nome dele e disse “Ah Caíque, fiquei sabendo que você queria terminar comigo...É verdade?”

  A cara de espanto dele era tanta, que eu tive vontade de rir, abraça-lo e dizer, vamos enfim nos beijar! Mas eu não queria isso, não podia me apaixonar por um idiota... E nem suspeitava que a partir daquele momento, eu seria a pessoa mais apaixonada por ele até o fim de Novembro. Voltando a história...

“Não! Quer dizer, não sei... Nossa situação não pode ser chamada muito bem de ‘relacionamento’! Mas eu não quero terminar com voc...” Não deixei ele terminar e disse “Tudo bem! Eu não ligo mesmo. Está tudo acabado entre nós!”

Saí correndo em direção ao estacionamento, porque dessa vez sim, minha mãe estava me esperando! E prometi para mim, que nunca cairia na conversa de meninos como aquele.

Fim de uma resenha que se tornará um livro. Beijinho da Garota Do Blog. Giovanna Travain